quarta-feira, fevereiro 02, 2005
Viver é... (ou seria) Amar é...
Ontem, conversando com um amigo filosofamos sobre...
Por que as pessoas passam a vida toda sofrendo por antecipação? Por que na maioria das vezes se comportam como se estivessem vendo um oásis maravilhoso depois de uma longa caminhada no deserto e achamos sempre que é uma miragem? Mesmo sabendo que as coisas não são sempre como a gente pensa que são, que estamos enganados com a premeditação das coisas, por que sempre sofremos? Por que sempre achamos que vai dar tudo errado? Que no final o que vai acontecer é o pior? Talvez por achar que não somos capazes, que não somos merecedores.
Mas espera aí... Então fica fácil, é só deixar rolar! É só continuar caminhando em busca do horizonte esplendido que está para surgir. Mas não é assim na prática. Antecipamos o nosso sofrimento porque se o fracasso realmente der as caras, já sofremos tanto, que um sofrimento a mais, um a menos, não fará diferença. Agora, no caso de estarmos enganados, o prazer será em dobro. O que importa mesmo é viver agora. É continuar tirando lições de tudo e procurando seguir da melhor maneira possível.
Então, hoje de manhã recebo de um amigo uma mensagem que gosto muito, e que ele disse ser sua predileta e a filosofia de vida que adotou...
Quem morre?
Pablo Neruda
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplendido de felicidade.
Acho que já postei esse texto uma vez, mas vale a pena ver de novo porque, nesse exato momento, alguém de quem eu gosto demais está precisando muito ler essas palavras Viu santa? É pra você.
Cris, foi bom filosofar. Felipe, obrigada por tudo. Beijos nos corações de todos e um bom dia!
Beijos especiais, saudades.
Por Krisha às 10:59