Em dias em que se ouve falar todos os dias em corrupção, fraudes, propinas... Em que parecem não sobrar mais órgãos públicos onde as coisas funcionem para a população pelo simples fato de que foram criados para esse fim, encontro uma ilha nesse mar de lama. Me senti na obrigação de elogiar um serviço público e logo um de péssima reputação..

Pouco tempo atrás minha filha adoeceu e foi levada a um dos grandes hospitais privados aqui de Brasília. Constatou-se que "deveria" estar com Hepatite A pelos sintomas que apresentava. A médica pediu exame de sorologia e disse que o ideal seria que o exame fosse feito na rede pública, porque as pessoas desses laboratórios eram muito mais preparadas.

Fomos muito bem atendidas no posto de saúde aqui perto de casa. A médica novamente recomendou o tal laboratório e novamente elogiou seus funcionários. No dia em que fomos fazer o tal exames descobri que o procedimento para a realização havia mudado. Que o certo seria ir a um dos hospitais aqui perto, fazer a coleta e eles é que encaminhariam o material para o laboratório, mas como tratava-se de suspeita de hepatite em uma criança, a funcionária, mui gentilmente arrumou alguém que colhesse o material ali mesmo. Os exames foram feitos e, apesar da demora dos resultados, justificável com a fama que tem o laboratório e com as recomendações dos hospitais particulares, saiu. Ela recebeu alta depois de um tempo e esqueceu-se o assunto. Será?

Não! Ontem recebo a ligação de um Enfermeiro (com letra maiúscula mesmo) da Secretaria de Saúde, dizendo que precisava me fazer algumas perguntas de um questionário utilizado por eles para o controle de doenças infecto-contagiosas e epidemias. Depois de responder a muitas perguntas, fui informada de que o mesmo questionário, assim como os resultados de todos os exames estariam a minha disposição, anexados a um prontuário aberto no posto de saúde onde iniciou-se todo o tratamento.

Muitas coisas podem não funcionar, existe uma grande falta de apoio e material nesses órgãos, mas uma coisa é certa: existe ainda muita vontade de trabalhar por aquilo que acreditam e abraçaram como profissão. Ainda existem pessoas que trabalham, mesmo sem condições, por amor e havendo amor, ainda existe esperança.

Uma ótima semana e beijos no coração de todos. Peço desculpas se não estou visitando com a mesma freqüencia de antes aos amigos, mas é que ando um tanto quanto enrolada (normal). Assim que der passo por seus blogs.

O beijo especial de hoje vai para minha mãezinha que faz aniversário. Mãe, te amo!

É claro que não me esqueci do seu. Beijos prá você também Osmar.

Era um domingo frio e úmido de junho. Havia chovido muito no dia anterior e o dia amanheceu com uma neblina densa que não permitia que se enxergasse nada além da distância de dois metros. A escuridão começava a dar lugar a luz de um sol tímido e frio.

Assim que olhou pela janela e viu o dia lá fora, sentiu uma imensa vontade de voltar para cama e ficar nela, se não o dia todo pelo menos parte da manhã, mas sabia que não era possível. Já estava atrasado para as coisas que tinha que fazer e que ninguém faria por ele. Calçou um par de botas e um casaco pesado e saiu. O vento gelado queimava seu rosto e ele tentava escondê-lo por baixo da gola do casaco, mas parecia inútil. Ao longe ouviu o canto de um Uirapuru que só canta por quinze dias durante o ano todo sentiu-se privilegiado e seguiu contente a estradinha de chão batido em direção a porteira que dava acesso ao pasto. As vacas e bois o conheciam de longe e mesmo oculto por aquele casaco começaram a mugir assim que o viram. Teria que colocar o sal no cocho e levar Estrela até o curral. Estrela era a sua vaquinha predileta que acabara de parir um bezerro não menos bonito que ela. Stanislaw pegou o bezerro no laço e começou o caminho em direção ao curral e Estrela, uma mãe cuidadosa como ela só, os seguiu de perto. A grama estava molhada por demais e agradeceu por ter colocado as botas senão estaria com os pés encharcados.

Estrela numa das baias e o bezerro na outra. Enquanto puxava as tetas de Estrela que não se incomodava desde que saboreasse o sal no cocho e tivesse sua cria por perto, agendava mentalmente as coisas que ainda teria que fazer no decorrer de seu dia degustando uma caneca do leite ali mesmo no curral. Ainda tinha que levar as vacas para o outro pasto; arrumar a cerca que divisa com compadre Antônio, que um touro assanhado havia derrubado no final da tarde anterior; plantar cinco alqueires de arroz aproveitando as chuvas que caíram nos dias anteriores manualmente; dar uma olhadinha na cerca da horta para que a mulher parasse de falar que as galinhas estavam acabando com as alfaces; e se sobrasse tempo, sentar na varanda no final do dia para apreciar a vista na sua cadeira predileta.

Pegou o balde cheio de leite e caminhou em direção a casa de onde já saia fumaça da chaminé. Sinal que o fogão a lenha já estava acesso e o café já devia estar pronto. E naquele momento era o que mais precisava, um bom e farto café da manhã. Agradeceu ter se lembrado de rachar a lenha no dia anterior pois estava faminto. Eva devia estar esperando pelo leite e ainda bem que hoje Estrela não tinha dado um coice e derrubado tudo. Sorriu e apressou os passos em direção a casinha pelo mesmo caminho de chão batido. Assim começava o seu dia.

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Esse post foi em homenagem ao meu avô Stanislaw - in memorian- cuja lembrança me veio nitidamente assim que acordei e de quem senti uma necessidade infindável de falar. Fecho os olhos e posso vê-lo realizando diariamente essas e muitas outras coisas que quem sabe conte depois. Um beijo no coração de todos.

Osmar , um beijo especial no meu coração e um pedacinho do meu paraíso para onde quero te levar. Sei que algumas coisas seus olhos não poderam mais ver e nem eu te mostrar, por isso mostro do jeito que posso, escrevendo. Saudades.

Quero uma caixa onde possa guardar minhas lembranças e tudo de bom e especial que a vida tem, para poder abri-la nos momentos de tristeza e sorrir.

Quero guardar o nascer do sol que nos traz esperanças e forças de continuar todos os dias. O amanhecer com toda a sua magia, envolto numa névoa condensada e fria, mas com o sol que brilha e esquenta na medida certa.

Quero guardar a gargalhada inocente e sincera de uma criança porque rir lava a alma, enxuga lágrimas.

Quero guardar um olhar, o primeiro olhar. O olhar da descoberta do amor que fulmina, o olhar do desejo, o olhar incontrolável e que diz: vem cá!

Quero guardar meu corpo molhado de chuva, meus pés descalços pisando em poças, o cheiro de terra molhada, o cheiro de mato, o orvalho da manhã, o vento no rosto.


Quero guardar todos os gostos que me dão prazer, inclusive o de sua boca quando encontra a minha e me faz esquecer o mundo. Aquele beijo que nos transporta para onde só existe: eu e você!

Amigos verdadeiros que me são valiosos, que mesmo sem muito tempo para saber um do outro, ainda assim pensamos e nos preocupamos.

Guardo também o abraço apertado, um ombro amigo e as palavras certas na hora certa. Quero guardar todos os bons momentos e os maus também porque deles ficam lições.

Aquele "alô" inesperado na hora da solidão ou, mais moderno, o bip do celular, um e-mail, no exato momento em que você pensava em alguém.

Quero guardar a saudade que trago no peito de todos que já se foram, mas que deixaram herança: lembranças. A mão segura de meu pai me guiando e todas as lições que me deixou.

Ah, tantas coisas que queria guardar! Só existe um lugar, uma caixinha capaz de guardar tudo isso e muito mais. Esse lugar é o coração.

Uma semana maravilhosa para todos. Mesmo que não tenha começado muito bem para todos, desejo do fundo de meu coração que tudo melhore e que o sol volte a brilhar assim como todas as manhãs o faz. Que cada um abra a sua "caixinha" e perceba as coisa boas que estão guardadas lá. Beijos na "caixinha" de todos vocês e um beijo muito especial pra você Osmar, que está conquistando um lugarzinho todo especial na minha. Andréa, estou aqui.

Hoje quero falar sobre o tempo que temos para realizar as coisas, para vivê-las com intensidade e o tempo que perdemos com dúvidas e medos. Quanta coisa deixamos de fazer por temermos que lá na frente as coisas não acabem exatamente como gostaríamos que acabassem? Quantos bons momentos, repletos de felicidade deixamos passar por desconfianças, por acreditar no que queriam que acreditássemos e não no que deveríamos acreditar? Quanta coisa deixamos de viver e por não tê-las vivido nos perguntamos como teria sido. Se você tivesse feito uma outra opção na época do vestibular estaria mais realizado? Se não tivesse terminado aquele namoro, será que teria casado com aquela pessoa? Se tivesse aceitado aquele emprego, estaria melhor de vida? Será que estaria mais feliz do que é? Você nunca saberá porque teve que fazer escolha e optou pela que achou mais certa naquele momento e a última coisa que deve haver é arrependimento. É claro que dúvidas existem e flutuam como fantasmas sobre nossas cabeças, mas nós só poderemos saber ao certo, o que virá e como, se vivermos o momento.

Essa semana um fato triste confirmou o que eu já sabia, conversava com uma amiga que alegremente me contava suas histórias recentes, já que há um tempo não tinha notícias suas. Rimos muito de fatos passados, episódios de uma juventude como qualquer uma, em que se faz as coisas sem pensar direito, uma idade em que se paga pra ver. Minutos depois ela me retorna aos prantos para comunicar a morte cruel e estúpida de um ente querido. Tive a confirmação que o tempo, aquele que corre veloz e impiedoso e que não podemos segurar, não espera. Não dá pra vacilar. Temos que realizar todos os sonhos enquanto podemos sonhar. Temos que viver a vida plenamente, sem receios, sem medo de cair lá na frente porque os tombos são inevitáveis quando se está aprendendo a caminhar, e a vida é um eterno aprender. Se caminharmos lado a lado teremos grandes chances de vencer e não nos arrepender. Escolhas são feitas e se darão certo ou não é incerto, mas quando são feitas com o coração, quando se tem a certeza de que é aquilo que queremos para nós e para quem caminhará conosco, só podem ser boas decisões. Não tenha receio do amanhã porque ele nós é que construiremos, do nosso modo e da melhor maneira possível. É isso que eu penso, é isso que eu quero.

Um bom dia a todos e um feliz final de semana. Beijos no coração de todos e um beijo super especial pra você que tem me feito pensar muito no meu querer.

Esse final de semana participei de uma "Convenção de Bruxas" no MSN. Todas as mulheres que conheço resolveram se logar depois da meia-noite, para um vôo noturno, pra colocar as idéias em dia e pra uma troca de receitas de feitiços. Aquela receitinha básica de como amaciar aquele coração que parece tão duro. Como fazer aquele cara especial te enxergar sem que você precise ficar nua no meio da rua ou carregar turbante à la Carmem Miranda. Como não se sentir só estando acompanhada. Como reconquistar aquele que é seu, mas que parece que os encantos da vida a dois não o atraem mais. Como fazer para que aquele outro entenda que você quer tão pouco e não o muito que ele acha. Mas, no fundo todas queriam uma única receita: a da felicidade.

Hoje cheguei aqui meio desanimada, meio sem açúcar, sem tempero e sem saber o que escrever. Fiquei pensando em minhas amigas, pelos problemas que estão passando e pelos que eu já passei e resolvi fazer uma viagem. Entrei na máquina do tempo -sim, eu tenho uma graças a esse blog - e voltei um ano. Voltei pra ver o que pensava, sentia e queria um ano atrás. Descobri que me fazia a mesma pergunta: "A fórmula da felicidade existe?".

A um ano...

... Por quê as coisas não são mais simples? Será que existe um lugar onde as pessoas não compliquem suas vidas e a dos outros? Acho que esse lugar não existe. Ou melhor, existe um lugar assim, mas é muito difícil encontrá-lo porque fica dentro da gente e é tão complicado olhar para dentro...

Hoje, o que mais quero é - se é tão difícil encontrar a fórmula da felicidade - pelo menos, viver! Tentar levar a vida da melhor maneira possível, tentando ser feliz porque felicidade completa é uma utopia. Ninguém é capaz de fazer feliz por inteiro uma pessoa. Sempre existirão lacunas.

Ainda existe o caso das pessoas que - como disse Luiz Fernando Veríssimo - "adoram viver no outono, levando uma vidinha morna". Eu não quero isso para mim. Quero mais é ser feliz e lutar por coisas boas. Coisas que realmente valham a pena. Não estou mais disposta a gastar minhas energias com coisas pequenas, com pessoas que não me respeitem como pessoa e não me dão o valor necessário para caminharem comigo...

Hoje...

Cumpri minha promessa! Estou ainda em busca da felicidade, mas hoje não a vejo tão utópica assim e estou vivendo intensamente um dia de cada vez. No momento que olhei pra dentro de mim e descobri que podia ser feliz tudo ficou mais fácil. Desisti da vida morna e mudei. Continuo lutando por "coisas que valham a pena", mas agora tenho coisas que me empurram adiante, tenho bons motivos para seguir.

Relacionamentos são complicados sim, mas não desista! Existe em algum lugar alguém disposto a te fazer feliz. Se não deu certo, vire a página e ou então corra atrás do prejuízo e recupere tudo que deixou pelo caminho, mas não desista dessa busca. O que realmente importa é não desistir, é buscar sempre!

Uma ótima semana para todos. Beijos nos corações felizes ou tristes. Beijos especiais para você que fez e me entregou a fórmula da felicidade e me mostrou que é possível.

Quem é que se lembra daquela brincadeira de criança vivo e morto? Pois bem, tenho brincado muito e a culpa é da Vivo, que de vivo não tem nada, apenas o nome.

Desde dezembro venho tendo problemas em enviar o raio de uma mensagenzinha, aquela denominada "torpedo". Meus torpedos ultimamente não atingem o alvo por mais que eu calcule o curso da munição: número de letras X distância a percorrer + cidade + estado = fracasso geral!

Em dezembro adquiri uma linha da Vivo e desde então venho tendo problemas para enviar os tais torpedinhos. (Hum... Eles quebram um galho!) As atendentes da Central de Relacionamento, que faz jus ao nome, já são amigas íntimas minhas. Quando atendem de lá:

- Vivo, Ana Paula, bom dia! Em que posso ajudar?

Eu daqui respondo:

- Oi Ana! Aqui é a Cris, meu telefone pifou de novo!

O problema agora é que fiz tantas reclamações sobre esse serviço, liguei tantas vezes, foram tantos protocolos (não deixo barato não, reclamo mesmo!) que ontem deu pane geral. Recebo todas as mensagens provenientes de outros estados, mas não respondo ninguém. - Família, amigos... Se alguém não estiver recebendo, já sabe: não é grosseria minha não viu? Foram tentar arrumar... Esculhambaram geral! A informação que me passaram é que toda a área 61 está com problemas. Oh, agora que eles descobriram? Eu já sabia desde dezembro. E ainda por cima ficavam colocando a culpa no meu aparelho!

Enquanto isso, fico aqui brincando: Vivo! Morto! Vivo! Morto! Morto!... Ando numa maré que, só para que tenham uma idéia, plantei uma árvore da felicidade e nasceu um pé de ameixa. É mole? Ô ANATEL, JÁ SÃO MAIS DE 24 HORAS!!!

Um belíssimo final de semana para todos, provavelmente sem meus torpedos (lamento, recebi, mas continuo morta), porém meus torpedos telepáticos não falham! Um grande beijo no coração de todos e beijos especiais do tamanho da distância daqui - ai.

Vou morrer de saudades enquanto não puder voltar a mandar meus tirinhos certeiros. Fazer o que?

MM, já instalou aquela meleca aí. Vai ver que seu computador entende só em mandarim e por isso não está conseguindo. Já pensou nessa possibilidade? Por que não pede ajuda?

Depois de toda a complicação da cúpula dentre mortos e feridos, salvaram se todos. As reuniões (dizem) foram produtivas. Alguns até já zarparam e parece que as coisas estão voltando à normalidade em minha linda e querida cidade. Não nasci aqui, mas eu e Brasília temos uma relação de afinidade muito forte então a chamo assim, porque me fiz adotar por ela. Ou teria adotado? Sei lá. Considero-me mais brasiliense que paranaense. Também são vinte quatro anos.

Esse final de semana tirei pra fazer uma retrospectiva da minha vida toda. Concluí que ela se divide em ciclos, (todos nós temos esses ciclos). Tudo de mais importante que me aconteceu foi de dez em dez anos. Até filhos tive nesse intervalo. Tenho também algo de muito forte com os anos terminados em quatro. Minhas grandes decisões sempre seguiram esse intervalo desde que cheguei a Brasília. Talvez a numerologista explicasse melhor o porquê.

Pensei também nos momentos pelos quais venho passando e decidi coroar a grande metamorfose que se arrasta há um tempo. Resolvi mudar também e radicalmente, interna e externamente. No começo me olhei no espelho e me assustei, mas agora já era. Estou ruiva!






Essa foi a externa, radical para o meu modo de ser (passado). Quem me conheceu a uns cinco anos atrás deve estar pensando que enlouqueci. Pode ser. Tem coisas que nos enlouquecem mesmo, mas toda loucura tem uma razão e essa não é diferente. O que realmente importa é que gosto mais dessa Krisha. Acho até que essa é a verdadeira Krisha. Falta tão pouquinho para alcançar o ideal. Coragem tenho de sobra.

Esse final de semana também pensei em acabar com algumas coisas. Esse blog estava na lista e dessa vez era sério. Mas, cheguei a conclusão de que nada nem ninguém vai me tirar do meu caminho e tirar de mim o que me é importante e me faz feliz. Infelizmente terão que me agüentar mais um pouco.



Ontem imolei o que me fazia mal, o que me perturbava e só deixei as coisas boas. Aquelas que estão me fazendo um bem danado. Se tiver essa força que me empurra ao meu lado, tudo será fácil. Vida nova, verdadeira e intensa!

Ela tentava em vão ligar para o número do celular dele e não conseguia. Tinham marcado de se encontrar por volta das 16 horas e já eram 17 e nada dele aparecer. O que é que está acontecendo nessa cidade? Eles não eram os únicos. Muita gente anda espumando aqui em Brasília desde domingo e continuará. Muitos encontros foram proibidos, romances deixaram de rolar, muitos beijos e carinhos impedidos.

A cidade está sitiada. Carros especiais, caminhões do exército tomam conta das ruas, arames farpados cercam os amplos gramados nos obrigados a dar voltas e mais voltas pra chegar ao nosso destino. Pistas estão sendo fechadas e quando se tenta dar aquele jeitinho brasileiro, corre-se o risco e ter uma arma apontada pra cabeça.

As repartições públicas estão realmente cheias de funcionários fantasmas, porque foi decretado ponto facultativo pelo nosso Presidente e como não pode ficar pra trás, nosso governador seguiu o exemplo. Amanhã órgãos e escolas públicas também não funcionam.

Se tiver que, por qualquer motivo, nem que seja pra comprar a passagem pra sair fora daqui numa das agências de turismo localizadas no Setor Hoteleiro, terá que cumprir o ritual de ser parado e revistado. Afinal, todos somos terroristas em potencial até que se prove o contrário.

Transito empecido, confusão, muita irritação, buzinaço, encenação! Tudo por culpa da Cúpula América do Sul?Países Árabes. Não vejo sinceramente a necessidade de toda essa presepada. A cidade não precisava parar por conta de uma cúpula.

A frase de um amigo:

- Estou achando ótimo, economizei um abono! Que tal a gente pegar um cineminha?

Isso é o nosso país, isso é Brasília. Mesmo com toda sua amplitude, seu espaço não foi suficiente para as comitivas árabes e sul-americanas. E olha que foram apenas preparativos. Ué! Mas não é pra valer ainda não?

Hoje recebi de um amigo que agora mais do que nunca se tornou muito especial pra mim (Viu Warrior? Vou te chamar assim) um e-mail e uma mensagem que me trouxe de volta das cinzas. Descobri que apesar de tudo, de todos os problemas que o destino nos traça, ficam as lições e os valores. Descobri também que tenho amigos valiosos, que realmente se importam e importam. Pessoas que fazem "a" diferença.

Warrion li seu e-mail, agradeço as palavras certas e a sensibilidade, que como disse na resposta, poucos homens têm, não que não queiram, mas por não saberem. Você possui essa sensibilidade que eu já sabia existir, mas não nessa intensidade. Mostrou ser ainda mais merecedor de meu carinho e admiração. Obrigada!

Qual o valor do seu gesto? Suas palavras foram como as lágrimas da fênix¹ em minha alma, coisa que só um poeta e a própria podem fazer. Você também pode se considerar uma fênix porque elas são também sinônimo e adjetivo para pessoas raras, e isso você provou ser ontem.

E a vida continua... Não desisto assim tão fácil não! Como uma fênix, renasci muito mais bela e fortalecida. Minha plumagem ainda arderá aos olhos de quem merece. Meus olhos espreitam e minhas garras cegaram como a fênix do filme cegou o Basilisco². Posso ter uma espada em meu chapéu.

Uma excelente semana pra todos os meus amigos verdadeiros, irmãos de caminhada, pessoas que me amam assim como sou e acreditam em mim. Obrigada a todos pela força. Beijos no coração de todos e beijos especiais também. E assim vira-se mais uma página.

1: cobra que cospe veneno, dragão gigantesco ou uma quimera completa.
2: Pássaro lendário que a cada 500 anos pega fogo, é reduzido a cinzas e renasce delas. Na mitologia da antiga Grécia e Egito esse ciclo de morte e renascimento pelo fogo era associado ao ciclo do Sol, que "morria" toda noite, mergulhando o mundo na escuridão, e "nascia" de novo no dia seguinte. Hoje é usada como metáfora para uma recuperação após uma fase ruim.

Fonte: Manual do Bruxo, Zola, Allan e Kronzek, Elizabeth. págs. 61,138

Sempre fui uma mãe coruja. Daquelas que querem seus filhos debaixo das asas mesmo, para mantê-los seguros de tudo e de todos. Acho até que a minha grande realização foi a maternidade, e Deus me presenteou duplamente com essa emoção. A primeira vez, a vinte e um anos atrás, eu era muito jovem, mas poder carregar aquele ser em meu ventre, esperar até o momento em que ele estivesse pronto pra vir ao mundo foi a melhor coisa que me aconteceu. É imediato! O instinto fala mais alto e mesmo com a minha inexperiência e pouca idade, acho que dei conta. Não sei, mas acho que não seria uma mulher completa se não tivesse sido mãe. Depois de algum tempo, quando eu já não mais pensava nessas sensações, quando eu já me sentia satisfeita com a maternidade, pois sempre pensei em ter apenas um filho, outra vez me vi grávida e foi tão maravilhoso quanto da primeira vez.

Sou adepta ao natural então deixei a natureza seguir o curso. Meus dois partos foram normais, com muito prazer. Não sou a favor de apressar as coisas. Cada um tem a sua hora, até para nascer.

Quando olho pra trás, quando me lembro de todos os momentos: o primeiro sorriso, o primeiro "ma-ma", as noites mal dormidas, as fraldas, as mamadeiras, as malas pra ir pra rua, as noites de preocupação com uma febrezinha à toa, suficiente para deixar a gente doidinha, chego à conclusão de que valeu a pena sim e que faria tudo outra vez, se possível fosse meus amores! Talvez até tivesse mais um, mas acho que já foi. Agora é esperar para estragar os netos e não estou longe disso. Calma, sem pressa!

Essa semana novamente as preocupações voltaram quando minha filha apareceu toda amarelinha pra combinar com a cor da parede como ela mesma diz. Isso nos "afastou" dos nossos beijos e abraços diários e ela diz que não suportará ficar assim por muito tempo. Sente falta do meu carinho, ainda mais doentinha, que é quando mais queremos colinho de mãe, eu estou impossibilitada de dar. As preocupações de uma mãe são iguais aos dois, aos quinze, aos quarenta...

Sabemos que nossos filhos não são nossos. Que mais cedo ou mais tarde sairão à francesa, mas para uma mãe eles sempre serão os bebezinhos que um dia foram. Aos olhos das mães filho não cresce, só estica! Os meus estão esticando tão rápido que quase não consigo acompanhá-los. Um já foi, já está em pleno vôo solo.

Agora me vejo do outro lado, sou eu que recebo colinho e carinho quando preciso e isso, apesar de estranho e não muito natural é muito bom. Tive isso de quem ainda me parece tão pequena e frágil, mas que na verdade me deu provas de estar se tornando uma grande moça e o melhor, com a cabeça melhor que a minha. A vida segue seu curso...

Desejo a todas um Feliz Dia das Mães. Talvez na próxima semana, por estar (nesse momento) decidida a fazer uma viagem, eu não coloque post. Tenho uma assunto a resolver que não pode mais esperar. Volto logo!

Eu sei que vou te amar

(Vinícius de Moraes)

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida, eu vou te amar
Em cada despedida, eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida


Ela estava tão ansiosa naquela manhã que acordou antes mesmo que o despertador tocasse. Tomou um banho demorado e quente e escolheu um vestido especial. Tudo tinha que ser perfeito naquele dia. Tomou o café, deu uma olhada nas manchetes do jornal, mas nada nem ninguém conseguia desviar a atenção de seus pensamentos naqueles olhos que em breve colocaria os seus e olharia profundamente.

Recebeu uma mensagem. Dizia que ele já estava a caminho do aeroporto pra pegar o avião. Estava muito cedo, mas ela resolveu não esperar em casa. Precisava sair, dar bom dia para o sol, pro céu, pra qualquer um que cruzasse o seu caminho. Tinha urgência em sorrir pro dia.


Chegou ao aeroporto com tempo e foi esperá-lo no terraço, assim poderia ver seu avião chegando. Olhou o relógio, ainda tinha tempo. Estava distante a hora, mas seu coração estava aos pulos. Ele finalmente estava chegando para vê-la e ela não podia conter a emoção e a vontade de se atirar em seu pescoço. Estava morrendo de saudades. Nunca sentiu tanto a falta de alguém. A cada dia sua ausência era mais dolorida. Tantos planos traçados por eles finalmente seriam concretizados em breve.

Tomando um suco ficou ali lembrando de todos os momentos especiais, desenhando em sua mente o seu rosto, seus olhos, seu jeito. Ficou tão envolvida em seus pensamentos que viajou mais alto que qualquer um daqueles aviões e se pegou sorrindo como criança, porque o amor tem dessas coisas. O amor é capaz de nos levar a mundos desconhecidos. Nem viu o tempo passar.

Outra mensagem: - Cheguei, portão dois!

Desceu as escadas como uma criança que está preste a abrir um embrulho. O coração agora mais acelerado, as mãos suavam e aquela emoção sempre presente no reencontro esperado descia com ela cada degrau da escada rolante, que parecia tão lenta agora.

Quando chegou ao portão de desembarque lá estava ele, sorrindo, caminhando em sua direção. Um longo beijo e um abraço apertado fez apenas provar o que eles já sabiam um do outro.

A menina de pés no chão, vestidinho curto, cabelos loiros, tão loiros que chegam a ter a cor do algodão, caminha em direção do rio. De um barranco retira a argila para confeccionar as panelinhas com as quais pretende brincar. Suas filhas já a esperam enfileiras num banquinho feito de tronco de árvore. Uma ruiva, uma loira e uma morena. Todas filhas do milharal da fazenda.

Depois de fazer a comidinha imaginária leva todas para escola, ali pertinho, debaixo da laranjeira. A professorinha era ela mesma. Ficava ali, cochichando estorinhas e lições ainda não aprendidas.Na hora do lanche, a professora é que corre pra casa da vovó pra encher a pança, que essa hora estava bem vazia com as energias gastas na imaginação. Ah! Que saudades do lanche da vovó! Já te disse isso não? Mais tarde, deitada no gramado, observava os desenhos formados pelas nuvens no céu. Correria com os cachorros pelos pastos. Um banho de rio bem gostoso e uma cama macia e cheirosa, as orações de vovó e um boa noite. Esses eu recebo, tão bons e iguais, agora.

Que saudades sinto dessa menina, que em suas fantasias era feliz com três espigas de milho, andando descalça, sentindo só as boas energias de Gaia. Onde o sol era tão gostoso e quentinho. Onde o vento fazia uma barulho por entre as frestas da parede da garagem. Era um barulho como de fantasmas querendo me assustar, mas não tinha medo. Nada ali me dava medo. Estava segura e feliz no meu mundo. Mas seguro do que esse, só o ventre de minha mãe. A menina destemida ainda existe aqui dentro, só anda um pouco assustada com o mundo cheio de maldades a sua volta.

Quero voltar a fazer isso tudo de novo. Quero te levar até lá um dia. Te levar ao meu paraíso, já que o meu refúgio você já conhece. Quero te levar agora para o paraíso, onde a garotinha levada e moleca que te disse ter sido um dia nunca deixou de existir. Só está a espera da minha volta por cima para se apossar de meu corpo e minha alma outra vez. Se apossar ou dividir é só você decidir.

Uma semana maravilhosa pra todos nos, eu e meus amigos e amigas, irmãs, família. Beijos pra lá de ESPECIAIS pra quem de direito. Meu amorzinho, fica boa logo.

Um recado:

Gostaria de informar à pessoa que anda me enviando e-mails e que agora apela também aos comentários, que me prontifico a esclarecer todas as suas dúvidas pessoalmente até se necessário for, o que, aliás, seria bem mais ao meu estilo. Se precisar, se a pessoa for de outra cidade, posso também pegar um avião para isso, ou se preferir posso mandar o número do meu telefone para que não fique uma coisa assim tão fria e impessoal. É só me mandar outro e-mail pedindo. Caso contrário, será prontamente ignorada a partir de agora. Não devo nada a ninguém, não estou fazendo nada de errado e NADA nem NINGUÉM me desviará do meu caminho e da minha busca ao meu pote de ouro.

Aviso também que existe um número chamado IP que identifica, como uma impressão digital, TODOS os computadores e que é facilmente rastreável. Meu blog inclusive é monitorado. Sei de todos que entram e saem, quantas vezes por dia fazem isso, a que horas, de onde vieram e para onde foram. Procure se informar.

Outra coisa é que andei retirando uns links antigos, links de pessoas que não postavam muito tempo, nunca mais apareceram ou que perderam o sentido de estarem aqui. Só deixei aqueles que realmente são meus amigos. Espero não ter sido injusta com alguém, sem querer. Por favor, me desculpe e me corrijam se assim o fui.

No mais, leiam o post anterior que está bem mais agradável. Está tudo muito bem. Desejo uma semana muito especial a todos, muitas alegrias e muita paz. Que encontrem o seu caminho e sejam felizes. Beijos aos amigos, beijos ESPECIAIS a quem de direito e muita luz pra quem necessite.