quinta-feira, junho 30, 2005
Pare o mundo que eu quero descer!
Sabe aquelas situações que se repetem todos os dias, do mesmo jeitinho, sem mudar nada?
Como todos sabem, moro no primeiro andar e tem um cara que faz questão de TODOS OS DIAS, o dia inteirinho, ficar sentado numa cadeira velha bem de frente a minha janela tentando "imitar" um canarinho! Todos sabem que sou fã da natureza, a defendo com unhas e dentes, adoro tudo que faça parte dela, mas o homem ainda não conseguiu, de maneira alguma "cantar" como os pássaros e esse cavalheiro não é exceção. A princípio eu não sabia quem era, não via quem era, apenas ouvia o assobio irritante. Agora ele faz questão de se sentar em frente a minha janela e ficar fiu, fiu, fiu, o dia inteiro. Acho que o trabalho dele é esse: me irritar, coisa que eu já ando sem a necessidade dos seus assobios.
Se não fosse o suficiente, outro dia, estou eu no ponto de ônibus, atrasada, quando chega um senhor e se senta ao meu lado e começa... Adivinha o que? Era ele! Bem ali do meu lado e "imitando" o raio do canarinho! Meu Deus, aqui não!
Alguém tem uma espingardinha de chumbo ou de sal pra me emprestar?
A imagem me foi enviada pela amiga e vizinha Li, do
Magia Gifs e que eu achei ótima!
Beijos no coração de todos e um enorme no meu amor, que tem segurado todas as minhas barras e mais algumas com todo carinho e compreensão.
Por Krisha às 15:21
quarta-feira, junho 29, 2005
Partiram os "Sem Terra", chegaram os "Com (quase sem) Terra"!
Ontem logo pela manhã passei pela Esplanada dos Ministérios e me assustei. Não faço idéia da dimensão que ela possui, até porque, aqui em Brasília, como estamos acostumados a amplos espaços, 50 km é logo ali, mas é um bom pedaço. Considerando que ela possui duas vias, denominadas de S1 e N1, imagine esse espaço duplicado. Pois bem, estava tomado de tratores e caminhões cheios de faixas pedindo aos governantes que olhem um pouco para a situação dos agricultores, com a corda no pescoço, devendo empréstimos a bancos que pouco se importam com as conseqüências de se perder um trator; que a safra foi toda perdida por conta da loucura que anda o clima; que o custo de produção é o dobro do que se colhe; desde que recebam o seu dinheiro. Cartazes pediam socorro dizendo que "o que se construiu em 30 anos, estava sendo perdido em dois".
Venho de uma família de agricultores. Meus avós viveram do campo, meu pai assim também o fez até uma certa idade e sei muito bem a dureza que é. Quem vive aqui na cidade, que vai até o supermercado e encontra tudo fresquinho, não faz idéia do trabalho que dá pra chegar até aqui. Se uma crise realmente acontecer no campo, os prejudicados seremos nós.
Morro em Brasília há muitos anos e já vi muitos protestos, mas nunca com tanta freqüência e com essa quantidade de pessoas. Ontem vi representações de todos os lugares do Brasil acampadas na Esplanada. Pessoas de cidades que nunca ouvi falar e nem sabia que existia, tamanha a dimensão do nosso Brasil. Não se pode deixar que o poder fique restrito a algumas pessoas.Não é justo. Temos que de alguma maneira demonstrar a nossa indignação.
Hoje é Dia de Luto(a). Não fui pra rua ainda e não sei se a campanha pegou, mas a idéia era sair com uma peça preta em protesto contra a corrupção que se instalou em nosso país e onde, mais uma vez, as famosas CPIzzas estão de volta. Espero que, assim como na época do Collor, a campanha esteja nas ruas. O povo brasileiro tem muita força. E ai onde você mora, pegou ou não pegou?
Apesar de tudo, um grande beijo no coração de todos e um bom dia. Beijos especiais ao meu amor.
Por Krisha às 09:28
segunda-feira, junho 27, 2005
Não pode, não pode e não pode!
O grande problema em morar num dos primeiros apartamentos é que sempre escolhem o seu pra tocar em caso de não saber onde mora o fulano, o beltrano e até o síndico, mas tocar às duas horas da madrugada já é demais. Não movi um músculo afinal no dia seguinte teria que acordar bem disposta para enfrentar a prova de um concurso. Custei a pegar no sono novamente e quando estava quase... de novo! Permaneci em silêncio mais uma vez. No dia seguinte, é claro, acordei meio amassada pois custei a dormir ouvindo o infeliz lá embaixo tocando tudo quanto é interfone no silêncio da noite.
Tudo pronto, cartão de acesso, identidade, caneta preta... Ai! Esqueci de comprar o raio da caneta preta. Minha esperança era a padaria e não errei. Me dirigi ao local pré-determinado. Agora nada mais me tiraria do meu destino. Chegando a porta da sala onde realizaria a prova, dou te cara com um esquema de segurança digno de aeroporto dos Estados Unidos após atentado. Logo na entrada sou informada que os meus óculos escuros não poderiam me acompanhar.
- Eu guardo na bolsa.
- Não pode. Agora, com o problema das fraudes nos concursos realizados pelo CESPE (e o meu era), nada entra. Celular, relógio, chaves, óculos, nada.
- Ah, tudo bem! O meu celular está desligadinho na minha bolsa, que vai ficar debaixo da carteira...
- Não pode! Você tem que voltar e guardar todos os seus pertences lá na entrada.
A entrada a que ela se referia parecia mais com a saída para o fim do mundo de tão longe, mas me encaminhei até lá afinal, regras são regras e são para todos. Tudo pela lisura das provas. Grr, lá vai a idiota a procura da sala onde se guardam os objetos pessoais. E a encontrei no final da ponta de uma fila com mais uns mil idiotas. Controle Cris, controle!
Consigo guardar tudo e volto à sala. A moça com a "raquete" - leia-se detector de metais - me examina... passei... a bolsa... Piii! Ah meu "Jesuizinho"! Me esqueci de um relógio de pulso sem bateria que tinha deixado na bolsa para trocar a dita cuja.
- Está sem bateria. Não funciona! Implorei.
- Não pode!
- Deixo na bolsa e deixo a bolsa com a senhora.
- Não pode!
- Deixo em cima da sua mesa.
- Não pode!
- Ah não pode? - Pergunto já completamente fora de mim e quase tomando a raquete da mão dela e dando raquetada para tudo quanto é lado.
- Você terá que voltar e guardar na sala.
- Aquela fila? Nunquinha. - falei e ao mesmo tempo em que depositava o meu reloginho lindo de pulso na lata de lixo próxima a porta.
- Agora não tenho mais relógio. Posso fazer a prova?
A funcionária ficou completamente paralisada e fiz a prova.
Na saída fui atrás dos meus objetos apreendidos e, com eles em mãos pergunto a um segurança onde ficava o banheiro.
- Depois que você pega os seus objetos não pode mais ir ao banheiro.
- ... (Sem legendas)
Por Krisha às 00:11
sexta-feira, junho 24, 2005
Inquérito Musical
A minha idéia ontem era de ficar um tempo afastada do blog até me recuperar um pouquinho do meu problema de coluna, mas fui intimada. Como a pessoa que me intimou merece respeito, resolvi voltar e atender ao seu pedido.
A nova moda nos blogs é uma espécie de post coletivo onde se escolhe um tema e as pessoas indicadas ou todos falam sobre o mesmo assunto em seus blogs. Pois bem, o
Rhexandre que é músico me intimou a falaro assunto, uma tarefa nada difícil já que música fez parte da minha vida. Meu pai tocava violino, eu sempre gostei de cantar e alguns anos atrás até cogitaram a idéia de que me tornar cantora, mas deixei passar e quem canta agora é meu filho. Meu amor também já teve uma banda... Resumindo: ela me acompanha, graças a Deus!
Chega de devaneios e vamos voltar ao assunto principal:
o inquérito musical. Volume total de músicas do seu computador:
Hum, formatei o meu - como todos sabem - mas deixa eu ver... 1.271 GB já foram copiados novamente para o meu HD porque são as que gosto de ouvir sempre. Só sei fazer as coisas com fundo musical. Acho que a vida real tinha que ser como as novelas, a gente vivendo e uma música tocando ao fundo.
O último CD que comprei:
Hum, faz um tempinho, mas foi o Walking into Clarksdale, de Jimmy Page e Robert Plant
. Show!
Música tocando no momento:
Skelling, do álbum The Books of Secrets de Loreena Mckennitt
Cinco músicas que eu tenho ouvido bastante nos últimos dias:
Música tocando pra mim é momento, chego a ser meio chata para quem convive comigo. Se estou numa fase, ouço aquelas músicas até cansar (e os ouvidos alheios também) por isso não vou citar só músicas, mas bandas. Vamos lá:
Nacionais:
Ana Carolina- Amo de paixão! Aprendi a gostar dela pelas letras românticas que dizem exatamente o que gente queria dizer. Passou a ser fundo musical de momentos recentes muito epeciais entre eu e Osmar. É nossa trilha sonora.
Caetano Veloso - Em especial "Eu sei que vou te amar" que é tema do casalzinho mais chato da novela das oito na Globo, que está está tentando torná-la chata, mas não consegue. Caetano é Caetano. Mas acho que já está ficando cansativo ouvir tantas vezes assim.
Meu lado saudosista anda ouvindo:
Bee Gees - Bons tempos! Década de 70. É gente, estou velhinha sim. Na minha opinião foram os melhores anos de minha vida. A gente tinha festinha todo final de semana só para mostrar os novos passos decorados durante a semana (rsrs). Fever night, fever night, fever... Altos embalos de sábado a noite!
Bob Dylan - O caipira que está velhinho, mas que não sai da moda. Destaco: Dignity, Mr. Tamborine man, Forever Young, Knockin On Heaven's Door, entre outras.
E finalmente, the best of the best na minha opinião:
Pink Floyd - Coroas que não perde sua magestada nunca. A banda se separou logo depois do lançamento do LP (na época não existiam os CDs) The Final Cut (bem sugestivo) , mas continuam, Pink Floyd de uma lado, e Roger Waters do outro fazendo sucesso e sem choque.
Passando a bola:
As cinco pessoas intimadas para dar continuidade ao inquerito são:
Um final de semana maravilhoso, beijos, muitos beijos e, é claro, especiais para o MEU coração. As palavras destacadas são link para ler mais a respeito.
Por Krisha às 15:10
quinta-feira, junho 23, 2005
Fechando pra balanço!
Falar do que? Desse lamaçal que está ai? Meu país coberto com tanta lama que não conseguimos mais ver suas belezas. Para onde quer que se olhe só se encontre maldade, fome, violência, filhos se voltando contra pais, pessoas se acabando nas drogas, morando em verdadeiros buracos, e a gente só querendo dormir pra não ver, não sentir? Juro por Deus não tenho mais saco. Aliás, acho que o meu problema é justamente esse: falta de saco! Precisa-se de um saco gigantesco pra carregar o mundo nas costas e eu mal consigo carregar o meu, quanto mais o dos outros. Cansei.
Não sei o pior é o problema que arrumei na coluna que não me deixa ficar aqui no computador por muito tempo sem que meu braço começe a ficar dormente ou se é essa imensa falta de saco pra escreve, para ler, pra ver. Por isso estou fechando pra balanço. Meu mundo está muito verde pro meu gosto. Preciso me sentar embaixo da árvore da vida e esperar amadurecer. Preciso reaprender a acreditar, a ver poeisa no mundo e na cor do arco-íris. Preciso acreditar que nem tudo está perdido. Volto quando estiver pronta.
Beijo no coração de todos e o especial de sempre.
Um recado: Thiago, espero que Deus te ilumine e te traga de volta.
Por Krisha às 13:42
segunda-feira, junho 20, 2005
Um dia sem computador? Nunca!
Acordo, já meio tarde porque fiquei também até tarde sentada aqui em frente a essa tela. Como faço todos os dias, enquanto água do café ferve, vou ligando meu computador - todo dias é assim - e, enquanto espero o computador carregar, volto para a cozinha e preparo meu café.
Finalmente me sento aqui e... Cadê? Nada! Ao invés de visualizar minha área de trabalho, leio uma mensagem que nunca tinha visto em minha vida. Técnicos também têm seu dia de ignorância e eu hoje não fazia idéia do que podia ser aquela mensagem a minha frente.
- Ai meus arquivos, minhas fotos, meus textos, perdi tudo!
Depois de muitas tentativas, consegui chegar aqui por "atalhos", mas o paciente agoniza sobre a mesa. Teve uma parada cardíaca, consegui trazê-lo de volta a vida, mas confesso que se não colocar um marca-passos não viverá por muito tempo. Logo hoje que eu tinha outro paciente pra visitar!
Assim é a vida de uma técnica, que adora fuçar essa coisa, essa máquina de fazer doido, chamada computador. Tenho verdadeira paixão por ela. O pouco que sei - porque muito nem Bill Gates - aprendi assim, na marra, estudando. Há pouco tempo pensei em nunca mais voltar a montar um, mas não consegui. Descobrir que existe um problema aparentemente sem solução é o que mais gosto, pesquiso e remexo até a exaustão.
Hoje foi um dia assim. Liguei para um amigo que também é técnico e perguntei sobre a tal mensagem, que ligou para outro e recebi como resposta um "não tem jeito Cris! Você perdeu tudo". Como não tem jeito? Tem que ter. Não vou perder meus Gigas em fotos! Crianças aprendam e não façam como eu. Façam backup regularmente! Agora estou aqui, arrumei um jeito. Pelo menos está funcionando, mas tenho certeza que se o desligar não liga de novo nem se empurrar ladeira abaixo. Vou correndo pra lojinha aqui da rua comprar uma caixa de cds e salvar pelo menos os velhos, mulheres e crianças. Bem, contrariei as expectativas preliminares e até postando estou, mas há males que vem para o bem e estava mais do que na hora de dar uma geral.
Beijos no coração de todos, uma ótima semana. Osmar meu amor, um beijo especial e só pra você e no MEU coração.
Por Krisha às 15:29
quinta-feira, junho 16, 2005
A Teoria do Laço
Engraçado como nos habituamos a certas coisas e não conseguimos enxergar outras possibilidades na vida. Pra que ter o trabalho de pensar se existe outra possibilidade se o modo que estamos fazendo está dando certo? Quando comecei a trilhar minha independência como gente, uma das primeiras coisas que aprendi, que minha mãe ensinou, foi amarrar os sapatos.
- Fazem-se duas "borboletinhas". Passa-se uma por cima da outra e pronto! Foi assim que aprendi, foi assim que ensinei.
A princípio é uma dificuldade danada. As tais borboletinhas que de borboleta não têm nada, teimam em não ficar no lugar certo. Assim que conseguimos passar uma sobre a outra, a debaixo já se soltou e voltamos a estaca zero. E esse suplício se arrasta por dias e dias. Num, finalmente as borboletinhas param de voar em nossas mãos e conseguimos dar o laço no sapato. Que realização!
- Já sei amarrar meus sapatos sozinha!
Têm aqueles que passam o resto da vida dando o laço com as tais borboletinhas, mas tudo bem, desde que fiquem amarrados.
Pois bem, estou eu numa chácara no domingo, ainda lá em Goiânia, quando o Walter um amigo, se vira pra mim e afirma:
- Você não sabe amarrar os sapatos!
- Como não? - Passei dias testando minha paciência com as tais borboletinhas pedagógicas até que consegui. Evolui para uma única borboletinha. Meus tênis estão amarrados com um belo laço e ele me diz que não sei amarrar sapatos?
- Não, você não sabe.
- Como não Walter? Estão amarrados, não estão?
- Estão, mas está errado.
- Ué, e tem outro jeito de amarrar o sapato sem que seja assim? Tem jeito certo e errado? Ai meu jesuizinho! Será que terei outra lição de infância agora? Será que ele vai usar outro método pedagógico? O que será agora? Baratinhas? Cobrinhas? - Fiquei pensando e analisando o laço do meu tênis.
- Tem sim. Você amarra para o lado errado.
- Putz! Lado errado? Que raio de lado errado? Que lado que tem que se amarrar então?
- Está vendo como o seu laço está torto?
Sim, realmente meu laço estava torto. Uma ponta pra baixo e a outra pra cima.
- Mas e daí? Não está amarrado?
- Vou explicar...
No domingo passado descobri a pólvora. Existe sim a teoria do laço perfeito. Assim como existe a que diz que no hemisfério sul a água escoa ralo adentro num sentido e no norte é em outro, se você der o laço no sentido anti-horário, o laço fica torto - uma "borboletinha" para a ponta do tênis e a outra para a perna. Experimente dar o laço no sentido horário! Ele fica certinho, perfeito.
- Meu Deus, como nunca percebi isso? Como pude viver todo esse tempo iludida, achando que estava abafando com o meu laço torto? Podem testar, a teoria "Walteriana" é verdadeira.
Um ótimo final de semana, muitos beijos nos corações de todos, até a próxima semana e por favor, amarrem direito os sapatos.
Por Krisha às 16:32
segunda-feira, junho 13, 2005
A Derradeira Aventura em Goiânia
Dez horas da manhã e eu ainda em casa quando havia prometido que estaria chegando em Goiânia por volta de 11 horas da manhã. Meio que pegando no tranco em pleno sábado de manhã, só consegui embarcar justamente as onze, mas tudo bem. Sem estresse! Pra começo de conversa, atrás de mim sentaram-se duas "senhoritas" e no percurso de três horas de viagem todos os passageiros tornaram-se íntimos, porque elas falavam de suas vidas sentimentais e amorosas assim como quem troca receita de bolo. Marli e Cida tinham uma entonação toda particular e incompreensível. Parecia até um dialeto e, por mais que tentasse não prestar atenção na conversa, prestava. E assim foi todo percurso Brasília-Goiânia.
- Gil mais eu se gosta muito, mas o Antônio "que me leva" pro forró.
Cheguei, graças a Deus! Agora só faltava me encontrar meu sobrinho Thiago, o que não seria uma tarefa fácil diante da quantidade fora do comum de pessoas que circulavam pelo shopping Araguaia e eu mais uma vez meu celular morto, mas acabei o encontrando. Para quem não conhece Goiânia, o shopping fica dentro da Rodoviária da cidade. Acho que foi a melhor idéia que alguém já teve porque você pode até pegar um cineminha enquanto aguarda a hora de partir. Mas àquela hora esse movimento não era normal.
- Deve ser por conta do dia dos namorados - pensei.
Resolvi tudo que tinha para resolver em Goiânia e no domingo já por volta das 19 horas voltei ao Araguaia para comprar as passagens para a volta e as pessoas estavam todas lá novamente.
- Será que dormiram aqui meu Deus?
Comecei a notar que aquela quantidade absurda de gente por metro quadrado estava realmente esquisita. De todas as minhas idas a capital goiana nunca presenciei tanta gente andando de um lado para o outro. Para conseguir uma mesa na praça de alimentação tivemos que ficar do lado da mesa de quem já estava acabando de comer para, no momento exato, mergulhar sobre a mesa e se apossar do território. Me sentei e comecei a olhar para os lados. Vejo ao meu lado uma cara de melissa cor-de-rosa.
- Nossa! Isso que é assumir a condição sexual. Nada contra, entendam. Tenho diversos amigos gays e adoro todos, mas aquele par de sapatos não passava desapercebido.
Depois de fazer um lanche me dirigi até o guichê para comprar as passagens porque aquela altura não via a hora de estar no aconchego do meu lar. Meus pés estavam me matando. Mesmo de tênis a ponta dele latejava como se tivesse levado marteladas. Dá pra ter uma idéia do estado deplorável que se encontrava o meu pezinho quando você se lembrar daquelas cenas de desenho animado quando alguém levava uma no dedão.
- Por favor, três passagens do próximo ônibus pra Brasília.
- O Próximo só às 23 h e 59. Me informou o emissor de passagens.
- Que? Você deve estar de brincadeira! E esses outros que saem de hora em hora?
- Todos lotados. O próximo e que ainda tem lugar é só esse da meia-noite ou um outro que sai as 5 horas da manhã.
Olhei o meu relógio. Ainda eram 20 h e 30. Fazer o quê? Ou esperar, ou voltar para o hotel e eu queria mesmo era ir pra casa.
- Mas o que é que está acontecendo? Nunca vi um movimento desses ? perguntei.
- Os finais de semana são assim por conta da feira de roupas e hoje teve a parada gay aqui em Goiânia também.
Comprei as passagens e virei pra minha irmã e filha e disse:
- Vamos pegar um cineminha?
Por Krisha às 10:17
terça-feira, junho 07, 2005
Um amor sem limites é assim como o amor que sinto agora
Amor Sem Limite
Quando a gente ama
alguém de verdade
esse amor não se esquece
O tempo passa
tudo passa
mas no peito
o amor permanece
E qualquer minuto longe
é demais
a saudade atormenta
mas qualquer minuto perto
é bom demais
o amor só aumenta
Vivo por ela
ninguém duvida
porque ela é tudo
na minha vida
Eu nunca imaginei
que houvesse no mundo
um amor desse jeito
Do tipo que quando se tem
não se sabe
Se cabe no peito
Mas eu posso dizer
que sei o que é ter
um amor de verdade
e um amor assim
eu sei que é pra sempre
é pra eternidade
Quem ama não esquece quem ama
O amor é assim
eu tenho esquecido de mim
mas dela eu nunca
me esqueço
por ela esse amor infinito
o amor mais bonito
é assim nosso amor sem limite
O maior e mais forte
que existe
Todos devem ter notado duas situações neste blog ultimamente. A primeira é a inconstância. Ando meio devagar com a freqüência dos textos, mas é porque preciso dar atenção a outras prioridades em minha vida nesse momento. A segunda, e mais importante, é que encontrei alguém que no seu jeito simples e especial está me fazendo muito feliz. Ninguém notou!
Descobri o amor onde nunca imaginei encontrar. Estou redescobrindo sensações e emoções que não imaginava sentir tão cedo. Esse meu amor me faz flutuar e sonhar. Meu amor você me faz sentir de novo o arrepio na pele, o frio na barriga só de em você pensar. Me faz virar menina outra vez daquelas que saltitam e vibram ao som de um telefone tocando, mas não faz com que a mulher que sou deixe de habitar o meu ser. Mulher que faz planos para um dia com você estar.
E como sei que provavelmente não colocarei nada mais essa semana e como domingo agora será um dia muito especial para muitos de nós - espero que todos -, resolvi colocar esse texto hoje. O dia dos namorados está ai! Espero que namorem muito, porque amar ainda é o melhor remédio pra tudo nessa vida. Domingo estarei distante meu amor, mas meu pensamento estará em um único lugar: com você. Te amo!
O beijo nos corações deixo por conta de vocês. Cada um que beije o seu. Hoje só tenho beijos para você Osmar. Hoje só tenho para o meu coração. Ah, esqueci de dizer! A música ai de cima é do Roberto Carlos.
Por Krisha às 12:55
sexta-feira, junho 03, 2005
Saudade dos trens da RFFSA
Hoje tive um momento nostálgico ao ser lembrada por uma nova amiga de blog sobre as viagens de trem. As duas mais fascinantes e inesquecíveis viagens que fiz foi justamente de trem.
A primeira vez foi em... melhor deixar pra lá. Tinha nove anos, nunca me esqueci. Fomos, eu, meu pai, minha mãe e um casal de tios de Arapongas até São Paulo e depois, de ônibus, até Guaratinguetá para a formatura de meu irmão na Escola de Especialistas da Aeronáutica de lá.
A primeira coisa que se nota é o espaço. Muito bom ter a liberdade de transitar por entre os vagões. O barulho que as rodas fazem nos trilhos poderia ser incomodo, mas não é. Chega a embalar. As janelas amplas nos mostram paisagens fascinantes e contrastes inimagináveis do Brasil. A velocidade é bem menor, ou pelo menos parecia ser, que a de um ônibus, então você podia perceber os detalhes. Tinha-se, ainda, a possibilidade de observar a paisagem de uma varandinha entre os vagões, onde você podia sentir também o vento no rosto e essas coisas me marcaram.
Para dormir não foi muito confortável não. Existiam os vagões da primeira classe, mas papai não pode comprar os bilhetes e ficamos meio que escorados uns nos outros nos bancos da segunda classe mesmo, mas isso não foi tão ruim assim.
De manhã acordamos e fomos ao vagão que servia de restaurante para tomar um café. E que café! Poder sentar numa mesa, tomar um café da manhã delicioso e ainda apreciando uma vista fantástica foi demais! Lembro-me ainda, que o chefe de cozinha veio até a nossa mesa e me presenteou com uma xícara com as inicias RFFSA - Rede Ferroviária Federal S.A, que guardei por anos como uma espécie de troféu. Algo que me trazia boas recordações.
A outra grande viagem que fiz foi o percurso Curitiba-Paranaguá. Inesquecível também! Olhar pela janela e ver aqueles precipícios, a cachoeira Véu de Noiva, os rios, o que sobrou da Mata Atlântica e a Serra do Mar, vale o passeio, que dizem hoje ser caríssimo.
Passaram-se os anos e o transporte de passageiros deixou de existir em longas viagens. Ainda existem alguns trechos onde é feito como exploração turística ou transporte urbano, mas não é a mesma coisa.
No governo Collor de Mello com o programa de desestatização, a RFFSA, criada nos anos 50, deu seus últimos suspiros e, finalmente, numa privatização até hoje investigada pelo Tribunal de Contas da União, no governo Fernando Henrique Cardoso chegou ao fim.
Certas coisas não consigo entender, mas... Foi como se tivéssemos pulado do trem em movimento
Continuo sem muito tempo, mas prometo que no final de semana visito a todos, pelo menos em retribuição as visitas. Beijos no coração de todos, um bom final de semana. Beijos especiais para você que é especial. Que tal o segundo percurso? Tenho certeza que vai adorar. É a sua cara.
Por Krisha às 12:15