<BODY><BODY> Krisha

Nasci em algum lugar, em um dia qualquer no Paraná. Deram-me o nome de Cristina mas meus amigos me chamam de Krisha ou Cris. Portanto, tanto faz.

Meu signo é touro, por isso sou persistente e adoro desafios, mas nunca me esquecendo dos meus limites.

Vivo cada dia intensamente sem me preocupar com o dia de amanhã, porque como diz a letra de uma música. "você só tem duas chances: uma pra viver e outra pra ser feliz", portanto viverei feliz!

Defeitos? Tenho vários, afinal sou humana e possuirei uma alma infantil eternamente, tenho muito a aprender. Não ter paciência para que as coisas aconteçam, talvez o pior e continuo apanhando por isso. Portanto, se não quiser que seja hoje melhor não propor. Não conseguir realizar algo de imediato torna-se um grande desafio, vou a luta! Essa sou eu! Ah! Teimosa, muito teimosa.


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terça-feira, agosto 30, 2005


Seguindo as borboletas


Deito-me na grama verde e me ponho a observar as nuvens flutuando no azul do céu. Flocos de algodão, tão doce e suave, como a brisa que sussurra suas canções em meus ouvidos. Aproveito o vento para soprar dente-de-leão para que me mostre o que quero saber.

- Vento, onde está o meu amor?

Fecho os olhos e me embalo. Sinto uma vontade irresistível de rolar na grama ou descer morro abaixo, correndo atrás de borboletas que voam libertas, pousando em flores e beijando-as como se nunca mais pudessem beijá-las.

Então fui... Sai atrás das borboletas. Por isso não sei se demoro


Por Krisha às 21:17

segunda-feira, agosto 22, 2005


Coisa de criança.

Era um menino muito arteiro, daqueles que não dão sossego para mãe e que não se pode tirar os olhos. A avó contava sempre às coisas que já tinha aprontado e o trabalho que dava cuidar daquele menino, mas que apesar de levado tinha saúde e isso é que importava.

Certo dia apareceu correndo pelo quintal feito louco e todo pintado de preto. Subiu numa estante da garagem e uma lata de tinta caiu sobre sua cabeça. Não apanhou porque já tinha sido castigado por demais. Tiveram que mandar chamar o pai que estava na roça para resolver aquela situação. Teve que tomar banho com removedor.

Numa outra ocasião, quando a família toda reunida almoçava no quintal, sumiu. Pouco tempo depois descobriram que tinha soltado o freio de mão do caminhão. É lógico que não ficou pra ver o que aconteceu. Pulou da boléia e dessa vez sumiu mesmo. Só voltou já escurecendo e quando os ânimos tivessem acalmado. Era esperto.

Teve também a história do casamento. Resolveu comandar uma brincadeira entre as irmãs mais novas e os primos. Queria realizar um casamento. e a primeira providência: a aliança improvisada com o elo de corrente e colocada no dedo da noiva, uma das irmãs. Resultado: A avó teve que serrar para tirar do dedo inchado. Essa pobre já tinha sido quase enterrada viva debaixo de um saco de estopa "só para dizer qual era a sensação de morrer".

Mas é claro que a vida não era feita só de arte e cedo foi mandado pra cidade para poder ter uma educação melhor. Para isso passou a morar na casa de um amigo do pai e assim as irmãs puderam respirar um pouco.

Mas como na vida sempre se arruma substituto para tudo - Onde foi que escutei a frase que diz que ninguém é insubstituível? - ele foi. Dessa vez, a segunda na hierarquia é que passou a comandar a tropa. Na hora de dar a mamadeira para a irmãzinha mais nova para a mãe, olhava para os mililitros da mesma e dizia: até aqui é seu, o resto é meu. A irmã do meio, com seu ar de anjinho, só olhava sem poder socorrer a mais nova. É sempre assim. Sempre tem o comandante e os comandados. Detalhe: A menininha que tomava só até aquela marca era eu.

..........................
Queridos amigos,

Perdoem minha ausência. Estou morrendo de saudades de todos e assim que sobrar um tempinho coloco minhas visitas em dia. Por esse motivo também, agora as publicações são quase que semanais. Mesmo assim vocês aparecem e isso me deixa muito feliz. Prometo retribuir.

Um beijo enorme no coração de todos, um beijo especial pra você Osmar e uma ótima semana para todos.


Por Krisha às 00:19

sábado, agosto 13, 2005


Entre o Sul e o Norte.



Dezoito horas, sábado. Caminho a passos curtos para pegar o ônibus para casa. O pôr-do-sol que se apresenta atrás da Torre de TV é esplendido. O viaduto da rodoviária já está ficando vazio, os ambulantes já foram para suas casa. Num dia de semana estaria completamente tomado. Quando tenho que passar por ali, me sinto quase que passando por um corredor polonês, disputando os centímetros da calçada com vendedores de todo tipo de mercadoria, panfleteiros, mendigos, ambulantes e os malandros.

Na rodoviária outra disputa,os compradores de vale-transporte e suas calculadoras. Mas hoje não! Hoje apenas os jogadores a lançar seus dados contra o mármore encardido da parede da rodoviária, disputam com algum desavisado. Numa rodinha mais à frente um rapaz sem camisa, com uma latinha de cerveja na mão, lança os dados, abre um sorriso amplo e grita: "- Duque de sena!" - e o desavisado fica sem o dinheiro da passagem para voltar para casa depois de procurar o dia todo por alguma coisa que lhe desse um salário. Na esperança de dobrar ou triplicar os reais tentou a sorte e encontrou-se com o azar.

Na plataforma superior vans disputam os passageiros que somente se importam em chegar e o cobrador anuncia: "- É Sobradinho I e Sobradinho II! Tem lugar sentado, tem em pé e tem agachado!". E lá se vão eles, apertados, espremidos, em pé ou agachados.

Desço as escadas e me dirijo até a plataforma inferior para pegar meu ônibus. Do alto-falante sai uma música popular e uma maluca dança sozinha, vestida com seu roupão azul-encardido. A pastelaria Viçosa está completamente lotada. Pessoas se acotovelando por um pastel de queijo e um caldo de cana. O lambe-lambe, agora moderno com sua máquina digital, o paletó pendurado, uma gravata pra combinar e a foto que sai na horinha para tirar o documento. Pra carteira de trabalho e vai sair bonito na foto. Ainda expõem com orgulho a antiga máquina em que olhava por baixo do pano o rosto do freguês. Segunda-feira bem cedinho o moço que perdeu a aposta estará novamente lá, com sua carteira novinha procurando um emprego. Porque no Brasil perde-se tudo, mas não perde-se a esperança e aqui é onde todos os povos se encontram.



"Eu caí em cheio na realidade, e uma das realidades que me surpreenderam foi a rodoviária, à noitinha. Eu sempre repeti que essa plataforma rodoviária era o traço de união da metrópole, da capital, com as cidades-satélites improvisadas da periferia. É um ponto forçado, em que toda essa população que mora fora entra em contacto com a cidade. Então eu senti esse movimento, essa vida intensa dos verdadeiros brasilienses, essa massa que vive fora e converge para a rodoviária. Ali é a casa deles, é o lugar onde eles se sentem à vontade. Eles protelam, até, a volta para a cidade-satélite e ficam ali, bebericando. Eu fiquei surpreendido com a boa disposição daquelas caras saudáveis. E o "centro de compras" então, fica funcionando até meia noite. Isto tudo é muito diferente do que eu tinha imaginado para esse centro urbano, como uma coisa requintada, meio cosmopolita. Mas não é. Quem tomou conta dele foram esses brasileiros verdadeiros que construíram a cidade e estão ali legitimamente. Só o Brasil. E eu fiquei orgulhoso disso, fiquei satisfeito. É isto. Eles estão com a razão, eu é que estava errado. Eles tomaram conta daquilo que não foi concebido para eles. Foi uma bastilha. Então eu vi que Brasília tem raízes brasileiras, reais, não é uma flor de estufa como poderia ser. Brasília está funcionando e vai funcionar cada vez mais. Na verdade, o sonho foi menor do que a realidade. A realidade foi maior, mais bela. Eu fiquei satisfeito, me senti orgulhoso de ter contribuído.
Lúcio Costa, 30/03/87 (Fonte: www.brazilia.jor.br)


Um Feliz Dia dos Pais a todos os grandes pais e um beijo especial no meu, que de onde estiver estou certa sente meu amor.


Por Krisha às 19:44

segunda-feira, agosto 08, 2005


Corpo e Alma



Beije minha testa e saia,
mas deixe comigo a sensação do abraço
deixe-me senti-lo em meus braços
só mais um pouquinho.

Beije minha nuca e saia,
mas deixe o arrepio
e o peso de seu corpo
que ainda posso sentir

Beije meu rosto e saia,
mas olhe pra trás mais uma vez
deixe-me guardar seu olhar
e o bem que me fez.

Beije minha boca, morda meus lábios,
deixe o gosto do beijo
para sempre trazer
para não esquecer
o sabor do desejo.

Apague a luz e feche a porta ao sair,
mas deixe comigo a emoções e o amor
De seu corpo deixe o calor.

Saia, não saia
vá, não demore
volte e traga
seu corpo e sua alma


Por Krisha às 01:05

quinta-feira, agosto 04, 2005


Precisa-se de sonhos

Quatro horas da manhã, um novo dia vai raiar e ela está em pé na cozinha olhando distraída pela pequena janela enquanto espera a água ferver. Na rua silenciosa ainda não se via nada nem ninguém. Apenas um cachorro ou outro latindo distante e alguns gatos no telhado do vizinho numa grande algazarra. Lembrou-se da estória que a mãe de uma amiga de infância dizia sobre o que os gatos dizem quando estão namorando no telhado e conseguiu sorrir. O sono e o cansaço do corpo ainda era imenso, mas tinha que fazer o arroz, o feijão cozinhar os ovos e ainda preparar o café. Tinha que deixar tudo arrumado para os filhos que ainda dormiam.

Depois de tudo pronto, sentou-se à mesa, colocou um pouco de café no copo, pegou algumas bolachas e comeu como quem apenas precisa fazer aquilo pra continuar vivendo. Não tinha fome. Pensou que hoje ainda era dia 17, longe do fim do mês e as contas do anterior ainda estavam penduradas no calendário da sala. Era muito difícil sustentar três filhos sozinha, mas era muito melhor do que ter que pagar as contas com o pouco que ganhava, enquanto o pai dos seus filhos bebia o salário no botequim da rua debaixo. Ainda não podia realizar tudo, mas podia sonhar em um dia poder.

Por fim, acordou, pegou a bolsa e beijou os três filhos. Cinco e meia da manhã, precisava ir. Lembrou que há cinco dias não falava com os filhos porque quando chegava, eles já dormiam. Cinco dias e não sabia o que tinham aprendido na escola, se o mais novo sentia menos sua falta, se o mais velho tinha se conformado que ainda não seria nesse aniversário que ganharia a bicicleta. Apenas podia olhá-los dormindo e descobrir como esticavam. Precisava comprar uma cama para o pequeno, pois já não cabia mais no berço.

Antes de fechar a porta fez uma oração pedindo que Nossa Senhora protegesse e olhasse seus filhos e lhe desse forças pra seguir mesmo querendo desistir. Pediu também que o final de semana chegasse logo para finalmente poder ver o brilho dos olhos dos filhos, amém.


Por Krisha às 00:20

terça-feira, agosto 02, 2005


Opostos

Que os existem os opostos eu já sabia e que todo mundo aqui também.Existe: O cromossomo X e o Y, o ying e o yang, a luz e a escuridão, a noite e o dia, o homem e a mulher, frio e o calor, nascimento e a morte, o amor e o ódio, o céu e a terra e por aí vai. Eu já sabia de tudo isso e esse é um assunto que sempre exerceu um certo fascínio sobre mim e foi pesquisando mais sobre o assunto que cheguei no site do INCA - Instituto Nacional de Cultura Astrológica que fala da teoria dos hemisférios norte e sul.

Vocês devem estar pensando: "Pronto, lá vem a Krisha e suas teorias", mas é que essa me chamou atenção porque fez cair por terra algo em que acreditei minha vida toda: o meu signo! Descobri através dessa teoria que não sou de touro e sim de escorpião, e quem é ou achava que era de escorpião (amor???, Andréa???), na realidade é de touro. Somos opostos! Sim, opostos porque os signos são opostos nos dois hemisférios, assim como tudo neles é oposto a começar pelas estações do ano, o movimento das águas no ralo, etc.

Segundo o site, os signos são a representação exata das estações do ano, e cada signo rege um período, ou seja, 30 dias ou exatamente 30 graus. Só que a astrologia nasceu no hemisfério norte e para eles quem nasce na Primavera, "nos primeiros trinta graus, é do Signo de Áries; quem nasce nos trinta graus seguintes é do Signo de Touro; e quem nasce nos últimos trinta graus da Primavera é do Signo de Gêmeos. Já quem nasce nos primeiros trinta graus do Outono (Estação oposta à Primavera) é do Signo de Libra (oposto ao Signo de Áries); quem nasce nos trinta graus seguintes é do Signo de Escorpião (oposto ao Signo de Touro); e quem nasce nos trinta graus finais do Outono é do Signo de Sagitário (oposto ao Signo de Gêmeos). Então a Teoria dos Signos Opostos faz sentido, porque se lá é inverno e aqui é verão, não sou touro e sim escorpião". Essa é uma das teorias adaptadas a nossa realidade. Já fizeram o mesmo com o Feng Shui, justamente por conta da água que escorre no ralo.

Entenderam? Fui clara ou você está tão confusos e arrasados(as) como eu? Eu que acreditava ser de um signo e possuir uma personalidade a partir dele já não sei mais se sou ou deixei de ser.

Uma ótima semana para todos, beijos em todos os corações e um beijo pra lá de especial pra você Osmar, meu ex-escorpião e agora touro. Será que é por isso que nos damos tão bem, por sermos opostos? Por isso é que nos completamos tanto assim?


Por Krisha às 11:16

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