Pronto, a brincadeira acabou! Preciso voltar a deixar um post aqui. Estou tentando, juro, com muita força escrever algo que lhes distraia, mas eu mesma ando tão distraída que nada me vem à cabeça.
Neste ano de blog redescobri o prazer de escrever, mas descobri também que a arte de escrever é por vezes complicada e escrever todos os dias, impossível. Às vezes parece uma meada de idéias embaraçadas, mas que quando você pega a ponta e sai puxando, logo se desembaraça e você sai tricotando e até que consegue coisas boas no final. Em outras, por mais que você puxe pra lá, puxe pra cá, elas não se desembaraçam e a criação é adiada. Ando assim.
Desde que me mudei para cá, descobri que o meu tempo encurtou. Descobri que não tenho mais o tempo que tinha antes disponível pra mim. Passei a fazer coisas que não fazia e meu tempo ficou menor. Por mais que tente trapacear, a areia insiste em vazar pelo estreito espaço da ampulheta. Têm dias que parece que o me roubaram grãos dessa areia. Que como em nossas mãos ela escapou da ampulheta para fazer chacota de mim. Parece estar atrás de um muro feito criança levada a rir pelas minhas costas.
Engraçado como depois de uma certa idade, o tempo tem outras faces. Até os seus dezoito ele se arrasta como uma jibóia que acabou de comer um boi. Estamos doidos para chegar aos dezoito e não conseguimos nunca. Parece que estamos numa linha que se estica como elástico, retardando nossa chegada. Quando chegamos lá e pensamos que poderemos finalmente curtir os nossos tão sonhados dezoito anos, pegamos carona nas costas de um Pegasus, que além de ter a força de um cavalo, ainda voa. Ai, acabou!
Além da falta de tempo, faltam-me idéias. Gostaria de saber quem foi que escondeu a minha cesta de idéias? Será que o tempo curto?
Queria muito dizer tudo que anda acontecendo, as novidades, mas não está dando. Juro que um dia subo no banquinho que tenho aqui e grito para o tempo voltar e trazer minha cestinha, que é onde estão guardadas todas as coisas boas que gostaria de gritar, de volta.
Pronto, a brincadeira acabou, tirei o pó que tomava conta do lugar, abri as janelas para o ar entrar, mas preciso ir. O dever me chama. Até quem sabe... Assim que o Pegasus pousar para se alimentar ou beber água eu volto.
Considerem-se beijados em seus corações e abraçados com a força de um elefante. Morro de saudades! Beijos
especiais tenho que deixar e deixo também um beijinho em minha lindinha e querida Bárbara pela Primeira Comunhão no domingo. Mais uma missão cumprida por mim, e principalmente por ela. Foram três longos anos "acordando" cedo aos sábados para que pudesse ter uma orientação religiosa. Babi, um beijão.